27 de outubro de 2009
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Pesquisa Abre Perspectivas no Tratamento da Obesidade

Pesquisa Abre Perspectivas no Tratamento da Obesidade
Por Beth Santos

Pesquisadores da Unicamp descobriram uma nova função para uma proteína da membrana celular que participa do desenvolvimento da obesidade, abrindo nova frente de estudos para o desenvolvimento de medicamentos para o controle da obesidade e do diabetes. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Sinalização Celular da Faculdade de Ciências Médicas daquela universidade.

O estudo resultou da tese de doutorado “Animais knockout para o receptor 1 do TNF-α estão protegidos de obesidade induzida por dieta”, da bióloga Talita Romanatto. A orientação do trabalho é do pesquisador e professor Lício Velloso, do Departamento de Clínica Médica da FCM – Unicamp.

Os pesquisadores explicam que o TNF-α possui uma família complexa de receptores, formada por 29 membros presentes na membrana das células. Cada um deles tem uma função específica, sendo o TNFR1 o mais importante e mais estudado, além de estar presente em todas as células do organismo.

Descoberta Importante
O orientador da tese, Lício Velloso, comenta que há interesse em estudar esse receptor pelo fato de existir uma conecção entre os níveis alterados da citocina TNF-α em casos de obesidade e diabetes. Em sua opinião, “a descoberta do envolvimento do TNF-α no desenvolvimento dessas doenças, feita no início dos anos 1990 por um grupo de Boston, é uma das mais importantes na área da Medicina”.

Lício Velloso explica que os remédios sempre atuam “num determinado alvo que, geralmente, são proteínas. Quando identificamos uma proteína como um alvo potencial, abrimos uma nova porta para o desenvolvimento de um novo medicamento. O trabalho da bióloga Talita Romanatto identificou uma nova função para o receptor de uma proteína que, pelos estudos desenvolvidos até agora, parece servir de alvo para o tratamento da obesidade”.

Talita comenta que a relevância clínica do estudo está no fato de que a maioria dos medicamentos foca nas dietas, na ingestão de alimentos, e funcionam como moderadores ou inibidores do apetite. Já a descoberta feita na Unicamp mostra a possibilidade de uma nova forma terapêutica que se baseia no gasto energético do corpo, através da termogênese.

Lício Velloso afirma que a ativação do gasto energético nos animais knockout para o receptor 1 de TNF-α é um achado importante. “O TNF-α faz parte do início do desencadeamento da obesidade e do diabetes. Se tivermos drogas que controlem sua função por meio do receptor TNFR1, poderemos ter uma repercussão boa para o tratamento dessas doenças”, conclui.

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